11 março 2009

Kafka Transformação e Espanto no SESC Santana


Do Kafka mesmo eu li "A Metamorfose". Intrigante. Nojento. Assustador. O "Processo" eu tentei, mas concordei após certa insistência que não estava "na época certa" de ler aquilo, eis que hoje me deparei com a programação especial que o SESC Santana está promovendo em homenagem a este escritor tcheco. Sob o título de "Kafka Transformação e Espanto" a mostra exibe de março a abril todo o universo kafkiano por meio da dança, do teatro, das artes visuais, cinema e da literatura. Agora já me sinto "no tempo certo" pra ler e compreender o Kafka, mas tá foda descolar um tempo assim, só meu, pra curtir tudo isso.

Daí fiquei sabendo que tem filme de 1962 filmado por Orson Wells para o "Processo", mas que o SESC só exibirá a versão recente - mas ainda do século passado (1993) - do livro homonimo e com Anthony Hopkins no elenco! Quer mais, quer mais? A programação completa está aqui, no site da unidade.

Um comentário:

  1. Pessoas,
    Quem conseguir ler o comentário até o final, enriquecerá!!! Terá boa sorte, que se estenderá por toda eternidade! *rs*

    Não visitei a exposição, mas estou vivendo um "momento Kafka". Para aqueles que não estão "na época certa", indico o livro "Kafka e a Boneca Viajante", que li recentemente. È lindíssimo, baseado na experiência do Kafka em escrever cartas para uma menina de 6 anos, que havia perdido sua boneca. Por último compartilho um pensamento do autor:

    "É bom quando nossa consciência sofre grandes ferimentos, pois isso a torna mais sensível a cada estímulo. Penso que devemos ler apenas livros que nos ferem, que nos afligem. Se o livro que estamos lendo não nos desperta como um soco no crânio, por que perder tempo lendo-o? Para que ele nos torne felizes, como você diz? Oh Deus, nós seríamos felizes do mesmo modo se esses livros não existissem. Livros que nos fazem felizes poderíamos escrever nós mesmos num piscar de olhos. Precisamos de livros que nos atinjam como a mais dolorosa desventura, que nos assolem profundamente – como a morte de alguém que amávamos mais do que a nós mesmos –, que nos façam sentir que fomos banidos para o ermo, para longe de qualquer presença humana – como um suicídio. Um livro deve ser um machado para o mar congelado que há dentro de nós." Franz Kafka.

    Zeca,
    Desculpa acho que o comentário ficou maior que o Post *rs* Da até preguiça de ler né? Mas a boa sorte é de verdade, basta acreditar!

    Bjnhos

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