Férias. E tome chuva no Sul do País. Mas, escolado que sou com a Guarda (sempre que eu venho o tempo vira; serei eu o Chama-chuva?), trouxe minha cota de livros pra botar em dia.
Primeiro acabei com o Para Colorir, que ganhei da Ale (namorada) faz um tempão e estava enrolando pra ler em São Paulo.
"Mas como você chegou nesse livro, Ale?", "Li na coluna do Lúcio Ribeiro, ou daquele cara que escreve no Folhateen... e achei engraçado. Aí achei o blog dele e lá falava onde comprar."
E é bem engraçado mesmo. O Ricardo Cury escreve de um jeito tão próximo, que você tem vontade de chamar o cara pra tomar uma cerveja. E escreve bastante sobre música, o que sempre me interessa.
Parece que a primeira edição, que ele mesmo bancou, tá esgotada. Espero que role uma segunda.
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Depois matei o Música, Ídolos e Poder, do André Midani.
Sempre ouvia falar dele, figurão de gravadoras dos anos 80 e 90. Descobri no livro a sua trajetória surreal. Depois de uma infância entre a Síria e a França, veio parar no Rio de Janeiro no fim da década de 50, fugindo das convocações para a guerra da Argélia. Apaixonado por música, o ex-confeiteiro acabou diretor da PolyGram e depois da toda-poderosa Warner. Ou seja, desde a Bossa Nova até o final dos anos 90, uma porrada de artistas passou pelas mãos desse senhor. Uma listinha básica: João Gilberto, João Donato, Tom, Elis, Caetano, Gil, Ney Matogrosso, A Cor do Som, Titãs, Ultraje a Rigor, Barão Vermelho...
Logo no começo do livro você vê que escrever definitivamente não é o forte dele. Mas as histórias compensam. E, no final, acaba perdoando, admirando a coragem de Midani não ter recorrido à um Ghost Writer.
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Finito com o Midani, caí no Emissões Noturnas, do Fábio Massari.
Da outra vez que vim pra casa da Ale na Guarda, tinha começado a ler essa pérola, que encontrei largado numa pilha num canto da sala. Agora terminei. É uma transcrição do Rock Report, programa que o Massari apresentava na 89 FM entre 1991 e 1996 (no século pasado, a 89 ainda uma rádio Rock, vejam vocês;)). Nesse programa rolavam umas entrevistas incríveis: Henri Rollins, Nick Cave, Slash, Johnny e CJ Ramone, Bobby Gillespie, Kim Gordon... um ótimo registro histórico do rock da década de 90. Recomendadíssimo.
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Estava terminando esse post, quando abri o "Emissões..." pra conferir alguns nomes, e li uma dedicatória (já tinha passado por ela, mas não tinha prestado atenção): "Wander. O homem, o mito! Humilíssimas saudações do Rev. Massari.". O Wander, dono do livro, é o Wildner, o do rock Gaúcho, que morou por uns tempos nessa casa e deve até ter se esquecido o livro numa das suas muitas mudanças. Portanto, esse livro tem um duplo valor histórico;)
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Isa, agora é a vez do seu Livro. Depois da música, vou mergulhar no mundo maravilhoso dos vinhos;)
Deu um refresh na minha manhã. Me deu uma vontade louca de comer livros. Enqüanto vc bebe o meu, eu mastigo uns por aqui. Tô acabando "O sol também se levanta" e começando "As boas mulheres da China". Conto mais num post. Bjo, Mumu. ; )
ResponderExcluirsei bem isso... certa vez fui pra trancoso e choveu geral / deu tempo de mandar 2 livros / mas depois abriu o sol, graças///
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